sábado, 5 de junho de 2010

Uma casa, eu?

Vejo um homem comprando tijolos. Vejo o seu vai e vem. Vejo blocos e mais blocos empilhados. Vejo cimento e argamassa ao lado. Vejo um conjunto de materiais. 

Vejo um plano, a planta de uma casa. Tudo preparado, tudo planejado. Ele tem tudo em mente. Sabe exatamente onde pôr cada tijolo e como ligá-los um ao outro por uma fina camada de cimento. Interessante o seu trabalho. A casa, na sua mente, já está montada. Em seu sonho ele se imagina dentro dela, habitando nela, vivenciando as mais diversas situações, mesmo as mais simples do dia-a-dia, nos confortáveis cômodos da sua nova habitação. Ele é o arquiteto, o engenheiro e o próprio construtor. Ele tem prazer no seu trabalho e não se dá trégua. Sonha com o projeto realizado. Dorme e acorda com ele em mente, não se permite parar.

Vejo pás, pedras, cavaletes, martelos, pregos, pincéis e rolos. Faz uso de instrumentos e as suas mãos indicam a forma e a maneira que a obra deve continuar. Ele não perde um detalhe. A obra é grande, cansativa, extensa, intensa, mas ele não parece nem um pouco desanimado. Seu sonho o motiva, o encoraja e o leva a continuar. A visualização da obra completa é o principal motor do seu trabalhar. A alegria de ver a casa construída é o fruto do seu esforço e ele não se deixa abater. Nos dias de sol, ele está lá. Quando as nuvens preparam uma grande tempestade, os trovões não o amedrontam. Ele decidiu. E não vai parar.

A casa ainda está em construção e junto com o seu Arquiteto sonha com o dia em que estarão ligados para sempre. Pois a obra não é nada mais do que a extensão do seu Construtor.

3 comentários:

Fernanda G. disse...

"Deus, cava fundo e faz um alicerce brabo para eu não cair nunca"

Tainá disse...

Haha, amém, filha.

André Guimarães disse...

É minha irmã. Essa veio diretinho la do céu!